Antes da reforma ortográfica, o acento diferecial era usado, na Língua Portuguesa, com objetivo de permitir uma identificação mais fácil das palavras pronunciadas da mesma maneira. Para isso, empregava-se o acento agudo ou cincunflexo em palavras como pára – forma do verbo parar – a fim de não confundir com a preposição para.
No Novo Acordo Ortográfico, o acento diferencial não será mais utilizado como no exemplo acima, assim como nos casos abaixo:
- péla (forma do verbo pelar) para distingüir de pela (a preposição por + o artigo “a”);
- pólo (substantivo) e polo (união arcaica de por e lo);
- pélo (verbo pelar) e pêlo (substantivo);
- pêra (substantivo) e péra (forma arcaica de pedra), em oposição a pera (preposição arcaica que significa para).
No entanto, em quatro casos continuarão a receber o acento diferencial. São eles:
- pôr (verbo) para que não haja confusão com por (preposição) e pôde (o verbo conjugado no passado) para que não seja confundido com este mesmo verbo no presente.
- os verbos ter e vir, bem como os seus derivados, continuarão recebendo o acento diferencial para indicar o singular ou plural: têm (plural) e tem (singular); vêm (plural) e vem (singular).
- Casos facultativos – Fôrma (substantivo) e forma, que tanto pode ser o substantivo ou o verbo conjugado na terceira pessoa do singular do presente do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo; dêmos (verbo na primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo) e demos, que vem a ser a primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo.
- Na sua opinião, o fim do emprego do acento diferencial trará problemas de compreensão para a Língua Portuguesa? Justifique sua resposta.
- Essa alteração modificará ou atrapalhará o seu modo de escrever?